Não atrase a vacinação. A prescrição eletrónica pode ser uma solução.

Movimento Doentes Pela Vacinação alerta

Preocupado com os expectáveis atrasos no cumprimento do Programa Nacional de Vacinação e das as vacinas extra-Plano, agora que entrámos em novo confinamento, o Movimento Doentes pela Vacinação deixa o alerta – é fundamental que não se atrase a vacinação. Consciente de que a deslocação física para ter acesso a uma consulta pode ser um […]

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Preocupado com os expectáveis atrasos no cumprimento do Programa Nacional de Vacinação e das as vacinas extra-Plano, agora que entrámos em novo confinamento, o Movimento Doentes pela Vacinação deixa o alerta – é fundamental que não se atrase a vacinação. Consciente de que a deslocação física para ter acesso a uma consulta pode ser um entrave, o MOVA lembra que, em muitos casos, médicos e utentes podem optar pela teleconsulta e pela prescrição eletrónica, reforçando que o cumprimento de procedimentos como a vacinação é fundamental para evitar o aparecimento de doenças graves como o sarampo, a meningite ou a tuberculose.

“As pessoas estão a evitar deslocar-se. Sempre que possível, devemos assegurar que conseguem manter as suas rotinas de saúde, de forma segura e informada. É fundamental que a população compreenda os riscos de uma quebra na vacinação e que a procure evitar recorrendo a ferramentas eficazes como a teleconsulta e a prescrição eletrónica”, explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Uma vez prescrita a vacina terá então de haver deslocação para fazer as mesmas, mas o processo ficou significativamente mais curto e mais seguro. “, continua. “Devemos optar sempre pela segurança, mas não podemos viver a medo. As unidades de saúde estão preparadas para ministrar as vacinas em segurança. Relembro que existem muitas outras doenças graves que são preveníeis através de vacinação, como o sarampo ou a meningite. Felizmente podem ser evitadas”, conclui.

Para o pediatra Hugo Rodrigues, “é importante reforçar a ideia de que as outras doenças não deixaram de existir por causa da COVID-19. E ignorar este facto é extremamente arriscado é perigoso. ”O autor de Pediatria para todos® considera as vacinas um dos maiores avanços da medicina moderna. “Colocar em causa todos esses ganhos é irresponsável, mesmo que seja com boa intenção”, conclui.

É cada vez mais importante investir na prevenção, seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes. A vacinação previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano ou a meningite. A Direção-geral da Saúde reforçou, no início da pandemia, que até aos 12 meses de idade, inclusive, as crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada, imunização que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves. Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são extremamente importantes. Situações epidemiológicas como a do sarampo, por exemplo, não nos permitem adiar esta vacina.

Não esquecer também que a vacina contra a tuberculose (a BCG) continua a estar no PNV consoante a avaliação de risco.

Outro caso preocupante, é o da meningite, uma infeção grave, e potencialmente fatal. Qualquer pessoa a pode contrair, mas as crianças pequenas e os adolescentes correm maior risco. Aos pais e encarregados de educação, a fundadora do MOVA, Isabel Saraiva, deixa um pedido “Pelo bem dos vossos filhos e da comunidade, apostemos na prevenção. Mais do que o ato individual, a vacinação é um ato de proteção pública”.

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Mortes, sequelas e morbilidades. Conhece a gravidade de uma Pneumonia?

12 novembro 2020 - Dia Mundial da Pneumonia

No Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação lembra que a Pneumonia pode deixar sequelas irreversíveis ou mesmo levar à morte, sobretudo entre os grupos de risco. Nunca, como no atual contexto, foi tão importante apostar em prevenção, um ato com ganhos quantitativos e qualitativos, transversais à sociedade. Para além da […]

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No Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação lembra que a Pneumonia pode deixar sequelas irreversíveis ou mesmo levar à morte, sobretudo entre os grupos de risco. Nunca, como no atual contexto, foi tão importante apostar em prevenção, um ato com ganhos quantitativos e qualitativos, transversais à sociedade. Para além da proteção individual que, no limite, reduz significativamente o número de mortes, optar pela vacinação é também investir em saúde pública, prevenir internamentos e assim contribuir para a diminuição do recurso aos serviços de saúde, nesta fase, sobrecarregados.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia, uma pessoa a cada 90 minutos. Em 2018, foi responsável 43.4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5.1% do total de óbitos no nosso País. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização.

A fundadora do MOVA, Isabel Saraiva refere que “a população sabe o que é a Pneumonia mas desconhece os riscos que corre ao contraí-la. Falar de Pneumonia é falar de mortes, de morbilidades e de sequelas graves. Podemos preveni-las, basta que nos vacinemos”, relembrando que “qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura.”

A Pneumonia pode deixar sequelas permanentes, que reduzem drasticamente a qualidade de vida de quem a contraiu. Bronquiectasias (deformação dos brônquios) e compromisso da função pulmonar são apenas dois exemplos, tal como a permanência de tosse, expetoração ou falta de ar. Podemos evitar grande parte das Pneumonias e respetivas sequelas através de vacinação.

Nunca, como hoje, se falou tanto de prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos. Em plena pandemia, não temos, ainda, vacina contra a Covid-19 mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças graves e potencialmente fatais.

No Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA reforça que a vacinação deve ser uma prioridade em todas as fases da vida. A vacinação antipneumocócica está recomendada pela Direção Geral da Saúde a todos os adultos pertencentes aos grupos de risco – idosos, pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais.

A vacina é gratuita para as crianças e alguns segmentos de adultos, para quem já se encontra em PNV, e é comparticipada pelo estado em 37% para a restante população. A sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias, incluindo na prevenção das formas mais graves da doença.

A proteção dos grupos de risco através de imunização é uma das grandes causas do Movimento Doentes pela Vacinação. Composto por especialistas e associações de doentes, o movimento de cidadania apela à acessibilidade da vacina a pessoas que se encontrem em situações de maior fragilidade.

 

Sobre o MOVA

A vacinação ao longo da vida é um dos objetivos do MOVA. Movimento de cidadania fundado há três anos pela Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, é composto por um total de 15 entidades que incluem a Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, a FPAD – Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a AADIC – Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, a APER – Enfermeiros de Reabilitação, a ANTDR – Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, a Pulmonale, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, a Europacolon Portugal – Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, a MYOS – Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica e a Associação Ares do Pinhal.

 

 

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Herman José fala a sério e apela à sua prevenção

setembro 2020

“Leva-me a Sério” é a mais recente campanha do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação. Inspirada na realidade da Pneumonia em Portugal, a campanha tem como principal objetivo mostrar que a Pneumonia Pneumocócica é uma doença grave e potencialmente fatal, para a qual existem formas de prevenção. É preciso levá-la a sério. A campanha vai […]

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“Leva-me a Sério” é a mais recente campanha do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação. Inspirada na realidade da Pneumonia em Portugal, a campanha tem como principal objetivo mostrar que a Pneumonia Pneumocócica é uma doença grave e potencialmente fatal, para a qual existem formas de prevenção. É preciso levá-la a sério. A campanha vai para o ar no dia 16 de setembro e tem como protagonista Herman José. Desta vez, o humorista não está para graças.

Assista ao vídeo aqui.

Lançada sob o mote “Leva-me a sério”, a campanha reflete a ironia de haver uma doença grave e potencialmente fatal, a Pneumonia Pneumocócica, que apesar de ser prevenível através de vacinação, ainda é responsável pela morte de muitas pessoas por ano. Para o MOVA, está na hora de levar a Pneumonia Pneumocócica a sério.

“Leva-me a sério” foi o headline escolhido para esta campanha que vai estar no ar até final de novembro. De tom imperativo, traz uma mensagem sóbria, tornada positiva e convidativa através de um rosto amigo, que normalmente nos faz sorrir: Herman José.

Para além da indiscutível popularidade e abrangência de Herman José, o convite ao humorista surgiu pela confiança por si suscitada, pela influência que tem junto dos portugueses, pela própria faixa etária a que pertence (faz parte de um dos principais grupos de risco, maiores de 65 anos de idade) mas, sobretudo, pelo impacto de termos alguém que nos faz, habitualmente, rir, a falar de temas sérios.

Com esta campanha, e através de Herman José, para quem “é um orgulho aceitar dar o nome e a cara a uma causa tão nobre. Para mais, num formato tão criativo e tão artístico”, o MOVA pretende sensibilizar a população para a importância da vacinação antipneumocócica, em particular, pessoas pertencentes a grupos de risco. Mostrar de forma clara que a vacinação pode fazer a diferença entre a vida e a morte, que as vacinas salvam vidas e que protegem as populações para as quais são indicadas.

A campanha vai estar presente online e em TV, através de spots, banners, um survey e um microsite. Ao longo de cerca de dois meses, a população será impactada através de mensagens gerais, transversais a todos, e através de mensagens especiais, dedicadas a diferentes grupos de risco.

“É com enorme expectativa que lançamos mais uma campanha de sensibilização”, começa Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Estamos prestes a entrar na época percepcionada como a de maior incidência de Gripe e Pneumonia. Se a aposta na prevenção sempre foi fundamental, sobretudo entre os grupos de risco, perante o contexto atual é imperativo que possamos contribuir para a diminuição do recurso aos cuidados de saúde, através da prevenção de doenças pela vacinação”, conclui.

Em Portugal, dados recentes do INE mostram que em 2018 a Pneumonia foi responsável pela morte de 16 pessoas por dia. Neste ano, a Pneumonia causou por 5.1% de todas as mortes no nosso país.

Entre os indivíduos mais suscetíveis à Pneumonia Pneumocócica, estão as crianças de pouca idade e os idosos, e pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais. Todos devem ser protegidos.

Existe, desde junho de 2015 uma norma da Direção-Geral da Saúde que recomenda a vacinação antipneumocócica a todos os adultos pertencentes a grupos de risco. Um investimento na sua saúde, na prevenção de eventuais internamentos por Pneumonia Pneumocócica e na redução do número de mortes por esta causa. É tempo de levarmos este documento a sério.

 

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MYOS e Ares do Pinhal juntam-se ao Movimento Doentes pela Vacinação

setembro 2020

A MYOS – Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica e a Associação Ares do Pinhal são os mais recentes membros do Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA). O MOVA conta agora com 13 membros e espera, com estas duas entradas, chegar a uma importante parte da população: quem sofre de Fibromialgia e […]

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A MYOS – Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica e a Associação Ares do Pinhal são os mais recentes membros do Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA). O MOVA conta agora com 13 membros e espera, com estas duas entradas, chegar a uma importante parte da população: quem sofre de Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica e pessoas em situação de exclusão social e dependências.

Mesmo entre os grupos de risco e alto risco, são ainda poucos os que estão vacinados contra a Pneumonia e outras doenças graves. A entrada de novos membros como a MYOS ou a Associação Ares de Pinhal é um contributo fundamental para inverter esta tendência. Sensibilizar a população e os profissionais de saúde, a par dos decisores políticos, para a importância da vacinação na idade adulta é um dos principais objetivos do MOVA.

Recordamos que existe uma norma da Direção-Geral da Saúde que recomenda a vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco. A vacina já é gratuita para as crianças e alguns grupos de risco, para quem está em PNV, mas a sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias. Uma das missões do MOVA é, também, o apelo para que se estenda essa gratuitidade para quem se encontra mais frágil, seja pela idade, pelas patologias de que padece ou por circunstâncias que levem a dependências ou situações de exclusão social.

Fundado há pouco mais de três anos, o Movimento Doentes pela Vacinação conta atualmente com 13 membros: Respira, Fundação Portuguesa do Pulmão, GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF, Liga Portuguesa Contra a Sida, Associação Portuguesa de Asmáticos, Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, Liga Portuguesa Contra o Cancro, Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação, Pulmonale, MYOS e Ares do Pinhal.

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Vacinas pediátricas em atraso

junho 2020

O Movimento Doentes pela Vacinação assiste com preocupação à quebra das taxas de vacinação entre os mais novos. O Programa Nacional de Vacinação e as vacinas extra- Plano não estão a ser cumpridos, potenciando o aparecimento de doenças graves como o sarampo, a meningite ou a tuberculose. O medo é a principal razão para que […]

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O Movimento Doentes pela Vacinação assiste com preocupação à quebra das taxas de vacinação entre os mais novos. O Programa Nacional de Vacinação e as vacinas extra- Plano não estão a ser cumpridos, potenciando o aparecimento de doenças graves como o sarampo, a meningite ou a tuberculose. O medo é a principal razão para que pais e encarregados de educação adiem consultas e deslocações aos hospitais e centros de saúde. Um receio que, a curto prazo, pode originar surtos e ter consequências em toda a comunidade. No Dia Mundial da Criança, o MOVA apela aos pais e encarregados de educação que retomem consultas e práticas de prevenção.

 

Há quebras nas taxas de vacinação pediátrica, mesmo nas vacinas incluídas em PNV. Uma situação considerada extremamente preocupante pelo MOVA, que no Dia Mundial da Criança deixa o apelo: é urgente que se retomem consultas e a vacinação, dentro e fora do Programa Nacional de Vacinação.

“As pessoas têm medo. Temos de assegurar que o seu regresso às rotinas de saúde se processe rapidamente, de forma segura e informada. É fundamental que a população compreenda os riscos desta quebra na vacinação. Que se sinta segura na deslocação para vacinar os seus filhos e que perceba que este é o maior ato de proteção”, explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Não temos, ainda, vacina contra a Covid-19, mas não podemos viver a medo. Sabemos que existem muitas outras doenças graves que são preveníveis através de vacinação, como o sarampo ou a meningite. Felizmente podem ser evitadas”, conclui.

O MOVA considera urgente que as autoridades comuniquem com pais e encarregados de educação de forma assertiva e que os serviços e as infraestruturas estejam preparados para receber estes utentes de forma segura, prática e eficaz.

“Temos de sensibilizar a população para a importância da vacinação, ao mesmo tempo que lhe oferecemos as ferramentas e as infraestruturas ideais para a sua concretização. É urgente que se recupere o tempo perdido durante o confinamento, de forma a evitar a propagação de doenças graves”, continua a fundadora do MOVA.

 

É cada vez mais importante investir na prevenção, seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes. A vacinação previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano ou a meningite. A Direção-geral da Saúde reforçou recentemente que, até aos 12 meses de idade, inclusive, as crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada, imunização que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves. Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são extremamente importantes. Situações epidemiológicas como a do sarampo, por exemplo, não nos permitem adiar esta vacina.

Não esquecer também que a vacina contra a tuberculose (a BCG) continua a estar no PNV para as áreas de risco social e endémico (áreas podem vir a aumentar com a CoVid 19).

Outro caso preocupante, é o da meningite, uma infeção grave, e potencialmente fatal. Qualquer pessoa a pode contrair, mas as crianças pequenas e os adolescentes correm maior risco. Aos pais e encarregados de educação, o MOVA deixa um pedido “Pelo bem dos vossos filhos e da comunidade, apostemos na prevenção”.

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Quebra acentuada na vacinação contra doenças graves

maio 2020

Apesar do Comunicado da Direção-geral da Saúde, ainda durante o estado de emergência, que apelava ao cumprimento do PNV e estabelecia prioridades, a população não se está a vacinar contra doenças graves como a Pneumonia. O medo e a falta de conhecimento sobre as consequências dramáticas que podem advir deste absentismo são as principais causas […]

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Apesar do Comunicado da Direção-geral da Saúde, ainda durante o estado de emergência, que apelava ao cumprimento do PNV e estabelecia prioridades, a população não se está a vacinar contra doenças graves como a Pneumonia. O medo e a falta de conhecimento sobre as consequências dramáticas que podem advir deste absentismo são as principais causas para esta quebra na taxa de vacinação. O Movimento Doentes Pela Vacinação deixa o apelo – para que o número de mortes não aumente, é fundamental que se retomem práticas de prevenção. Urge recuperar o tempo perdido e preparar uma eventual segunda vaga de pandemia, apostando na robustez do sistema imunitário de quem está mais fragilizado: pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos.

A Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia, no nosso País. Caso a população não retome rapidamente rotinas como a vacinação contra doenças graves, este número pode aumentar exponencialmente. “É imperativo que as pessoas se sintam seguras e confiantes no regresso aos cuidados de saúde. Só assim conseguiremos recuperar o tempo perdido e preparar uma eventual segunda vaga de pandemia”, defende Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Embora ainda não haja vacina contra a Covid-19, sabemos que existem muitas outras doenças graves que são preveníveis através de vacinação. Essas, infelizmente, não desapareceram, mas podem, e devem, ser evitadas”, conclui.

O MOVA reuniu recentemente. Entre membros e convidados, foram expressas ideias e preocupações, as bases das missivas a enviar, pelo movimento de cidadania ao Ministério da Saúde, ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, à Direção-geral da Saúde e ao Programa Nacional para as Doenças Respiratórias

O MOVA entende que deve ser reforçada a importância da prevenção de outras doenças potencialmente fatais que se podem evitar por vacinação, como é o caso da Pneumonia.

O MOVA considera urgente que haja uma comunicação assertiva por parte das autoridades. Explicar à população os riscos que este decréscimo nas taxas de vacinação representa para a saúde pública e preparar infraestruturas e serviços para receber os seus utentes de forma segura, prática e eficaz.

“Sensibilizar a população, sim, mas já com a possibilidade de concretização. Temos de recuperar o tempo perdido e preparar um futuro que ainda é incerto. No caso da Pneumonia, corremos riscos de mortes, morbilidades e sequelas graves. Para quê arriscar?”, continua a fundadora do MOVA.

Em 2018, a Pneumonia foi responsável 43.4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5.1% do total de óbitos no nosso País. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização.

A proteção dos grupos de risco através de imunização tem vindo a ser defendida pelo Movimento Doentes pela Vacinação, especialistas e associações de doentes, que apelam à gratuitidade da vacina contra a Pneumonia para as pessoas com mais de 65 anos, à semelhança do que já acontece com a vacina da Gripe.

“No caso da Gripe, os efeitos da gratuitidade são reveladores. Tomemos este bom exemplo e repliquemo-lo com a Pneumonia. Só através da vacinação antipneumocócica poderemos reduzir a média de mortes e internamentos”, conclui Isabel Saraiva.

Existe uma norma da Direção-geral da Saúde que recomenda a vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco. A vacina é gratuita para as crianças e alguns grupos de risco, embora a eficácia esteja comprovada em todas as faixas etárias. O MOVA apela a que se estenda essa gratuitidade.

 

Fontes:

Dados de Portugal: Froes F, Diniz A, Mesquita M, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013;41:1141-46.

Morbidity and Mortality of Community-Acquired Pneumonia in Adults, in Portugal

Filipe FROES. Acta Med Port 2013 Nov-Dec;26(6):644-645

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“Qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura”

Semana Europeia da Vacinação 2020

Nunca como agora se falou tanto de proteção e prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos. Para o Covid-19 ainda não há vacina mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças graves, […]

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Nunca como agora se falou tanto de proteção e prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos. Para o Covid-19 ainda não há vacina mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças graves, como a Pneumonia Pneumocócica ou a Gripe. Na Semana Europeia da Vacinação, o Movimento Doentes pela Vacinação relembra a importância da vacinação antipneumocócica.

No âmbito da Semana Europeia da Vacinação, que este ano se comemora entre os dias 20 e 26 de abril, Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, Presidente da Respira e Presidente da Fundação Europeia do Pulmão relembra que “qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura. No caso da Pneumonia, corremos riscos de mortes, morbilidades e sequelas graves”.

Dados acabados de lançar pelo INE mostram que a Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia. Em 2018, foi responsável 43.4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5.1% do total de óbitos no nosso País. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização.

A vacinação deve ser uma prioridade ao longo da vida, em especial para os doentes crónicos e para quem tem mais de 65 anos. Correm maior risco de contrair doenças graves como a Pneumonia Pneumocócica e por isso devem ser protegidos. A pandemia Covid-19 que vivemos atualmente veio mostrar a fragilidade destes grupos e reforçar a necessidade de os protegermos contra esta e outras doenças. Para o Covid-19 ainda não há vacina mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças.

A proteção dos grupos de risco através de imunização tem vindo a ser defendida pelo Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA), especialistas e associações de doentes que apelam à gratuitidade da vacina contra a Pneumonia para as pessoas com mais de 65 anos, à semelhança do que já acontece com a vacina da Gripe.

Para o MOVA é fundamental olhar para a realidade portuguesa de modo a não ignorar que 21% dos portugueses têm 65 ou mais anos. São cerca de dois milhões de pessoas que, ao beneficiarem desta medida, acabam por contribuir para uma redução significativa de custos que rondam em média 80 milhões de euros anuais, só em internamentos.

Como refere Isabel Saraiva, este ato tem “ganhos quantitativos e qualitativos”, permitindo “investir na saúde, a prevenir eventuais internamentos e, no limite, a reduzir significativamente o número de mortes”. Estudos revelam que por semana, a pneumonia provoca, em média, 161 mortes e um gasto de 1,5 milhões de euros, só em tratamentos e internamentos – não contabilizando outros custos indiretos e intangíveis.

Atualmente existe uma recomendação de vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco – idosos, diabéticos, doentes respiratórios crónicos, asmáticos, entre outros – está explanada numa Norma da Direção-Geral da Saúde (DGS). A vacina é gratuita para as crianças, embora a eficácia esteja comprovada em todas as faixas etárias, incluindo em prevenir formas mais graves da doença.

A vacinação ao longo da vida é um dos objetivos do MOVA. Fundado há três anos pela Respira, durante a Semana Europeia da Vacinação, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, e no seguimento das entradas da Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, o MOVA compreende ainda a FPAD – Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a AADIC – Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, a APER – Enfermeiros de Reabilitação, a ANTDR – Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, a Pulmonale, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão e a Europacolon Portugal – Apoio ao Doente com Cancro Digestivo. Por se tratarem todos de grupos de risco, o MOVA reforça ainda a importância de, agora mais do que nunca, ficarem em casa, se protegerem e cumprirem a medicação.

 

Fontes:

Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013

Dados de Portugal: Froes F, Diniz A, Mesquita M, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013;41:1141-46.

Morbidity and Mortality of Community-Acquired Pneumonia in Adults, in Portugal

Filipe FROES. Acta Med Port 2013 Nov-Dec;26(6):644-645

Froes F, Diniz A, et al. Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão). Dados apresentados no 49º Curso de Pneumologia do Hospital de Santa Maria a 05 de maio de 2016. Slides gentilmente cedidos pelo Dr. Filipe Froes.

INE –  divulgação no âmbito Dia Mundial da Saúde 2020

Pordata – Anos de Vida saudável aos 65 anos

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94% acredita ter as vacinas em dia. Será que sim?

Semana Europeia da Vacinação 2019

Para assinalar a Semana Europeia da Vacinação, que este ano se comemora de 24 a 30 de abril, o Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) realizou um inquérito para avaliar as perceções da comunidade sobre vacinação e a sua importância, ao longo da vida.  94,3% dos inquiridos acredita ter as suas vacinas em dia e 89,1% […]

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Para assinalar a Semana Europeia da Vacinação, que este ano se comemora de 24 a 30 de abril, o Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) realizou um inquérito para avaliar as perceções da comunidade sobre vacinação e a sua importância, ao longo da vida.

  •  94,3% dos inquiridos acredita ter as suas vacinas em dia e 89,1% considera-as fundamentais na prevenção de doenças graves.
  • 87,4% das pessoas afirmou saber para que doenças deve estar vacinado na sua idade apesar de, nas idas ao médico, apenas 48% falar sobre vacinação.
  • Entre os inquiridos pertencentes ao grupo com risco acrescido de contrair Pneumonia, apenas 44,62% tinha sido aconselhado a vacinar-se contra a doença.
  • Pneumonia e Raiva no fundo da tabela das doenças para as quais os inquiridos sabem haver vacina.

 

As celebrações da Semana Europeia da Vacinação (24 a 30 de abril), este ano sob o tema “heróis da vacinação”, servem, mais uma vez, de mote para que o MOVA se dirija à população, aos profissionais de saúde e aos governantes, para os sensibilizar sobre a importância da vacinação.

«A vacinação deve ser uma preocupação de todos, e deve estar presente em todas as fases das nossas vidas», explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, vice-presidente da Respira e presidente da Fundação Europeia do Pulmão. «Para ajustarmos as ações do MOVA às necessidades da população, propusémo-nos a avaliar as perceções da comunidade sobre vacinação, através de um inquérito aos nossos seguidores e seus contactos. Os resultados falam por si: começamos, como comunidade, a ter uma boa consciência da importância da vacinação, não só nos mais novos, mas em todas as faixas etárias. Continua a haver, no entanto, algum desconhecimento entre quem devia estar mais informado, no caso, os grupos em maior risco».

Entre os inquiridos mais vulneráveis à Pneumonia (quem sofre de doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, doença respiratória crónica, doença cardíaca, doença hepática crónica, é doente renal ou portador de VIH ou tem mais de 65 anos), apenas 44,62% tinha sido aconselhado pelo seu médico a vacinar-se contra a doença. 55,38%, apesar de ter maior probabilidade de a contrair, não tinha sido aconselhado. Isto apesar de, do total dos inquiridos, 94,3% das pessoas acreditar ter as suas vacinas em dia, e de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).

Dados que casam com os resultados apurados quando foi solicitado que os inquiridos selecionassem as patologias para as quais sabiam haver vacina. A Pneumonia ficou na última posição. A Gripe foi a que mais se destacou (98,6%), seguida do Tétano (97,3%). Bastante mediáticos, o Sarampo registou 94,7%, a Meningite 91,1%, e o HPV 90,3%. Varicela (84,6%), Hepatite (82,1%), Poliomielite (81,4%) ocuparam as posições seguintes. A lista fechou com a Raiva (69,3%) e com a Pneumonia (66,9%).

Vacinas são fundamentais para 89,1%

Para 89,1% dos inquiridos, as vacinas são fundamentais na prevenção de doenças graves. 8,5% considerou-as importantes e 2% úteis. Boas notícias: apenas 0,5% as classificou como dispensáveis.

94,3% dos inquiridos acredita ter as suas vacinas em dia e 87,4% afirmou saber para que doenças deve estar vacinado na sua idade. Isto apesar de, nas idas ao médico, apenas 48% falar sobre vacinação. Esta discrepância pode explicar-se pela existência de outras importantes e fidedignas fontes de conhecimento e aconselhamento, como os profissionais de saúde.

A partir da adolescência, 16,3% dos adultos inquiridos afirma não lhe ter sido recomendada qualquer vacina. Números em linha com o que acontece com os inquiridos com filhos a partir dos 10 anos: entre os inquiridos com filhos com mais de 10 anos, 88,95% já tinha sido aconselhado a fazer reforço vacinal. 9,39% referiu que não e 1,66% não sabia.

Dos inquiridos com mais de 65 anos, 58% afirmou vacinar-se todos os anos contra a Gripe. 19,81% fá-lo de forma pontual e 21,62% referiu nunca o ter feito.

96,5% considera que a vacinação deve ser uma preocupação ao longo da vida mas, quando questionados sobre que faixas etárias se devem vacinar, apenas 87% selecionou todas as opções: bebés, crianças, adolescentes, jovens adultos, adultos e idosos. Uma percentagem alta mas, ainda assim, com margem para melhorar.

A vacinação ao longo da vida é uma das bandeiras do MOVA. Fundado há dois anos pela Respira, durante a Semana Europeia da Vacinação, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, e no seguimento de entradas de referência como a Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, o MOVA deu, recentemente as boas-vindas à FPAD – Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes.

«Somos, neste momento, compostos por sete entidades. Todas distintas nas patologias e nas causas que defendem, mas todas unidas num objetivo comum: a promoção dos direitos dos doentes», explica Isabel Saraiva, vice-Presidente da Respira e fundadora do MOVA. «No caso da vacinação antipneumocócica, causa que originou o nosso Movimento, todas as associações de doentes representam grupos de risco, e todas têm indicação para a fazer», conclui.

Ao longo da Semana Europeia da Vacinação, pode ficar a conhecer todas estas entidades, através de uma campanha composta por pequenos vídeos de sensibilização para a importância da vacinação. Pode assistir aos vídeos na página de Facebook do MOVA ou nas páginas individuais de cada associação.

 

Ficha Técnica :: Nome do Inquérito: MOVA | Perceções sobre Vacinação :: 661 respostas recolhidas entre 25.03.2019 e 16.04.2019 :: Pessoas residentes em Portugal com mais de 18 anos :: fonte primária de contacto | Página de FB MOVA

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Pessoas com Diabetes juntam-se ao MOVA

abril 2019

Uma pessoa com Diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair Pneumonia. Um doente com Pneumonia que tenha Diabetes fica internado, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença. A mortalidade, nestes casos, também é superior. Quem tem Diabetes corre, por isso, risco acrescido de contrair doenças […]

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Uma pessoa com Diabetes tem, no mínimo, duas vezes mais probabilidade de contrair Pneumonia. Um doente com Pneumonia que tenha Diabetes fica internado, em média, mais um dia do que um indivíduo que não sofra da doença. A mortalidade, nestes casos, também é superior. Quem tem Diabetes corre, por isso, risco acrescido de contrair doenças graves e potencialmente fatais, como a Pneumonia, uma das principais causas de morte em Portugal. Juntam-se agora ao MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação, através da FPAD – Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes.

 Quase dois anos depois de ser fundado pela Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, e no seguimento de entradas de referência como a Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, o MOVA dá as boas-vindas à FPAD – Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes.

Movimento de cidadania, o MOVA tem como principal objetivo a sensibilização da população, dos profissionais de Saúde e dos decisores políticos  para a importância da vacinação na idade adulta.

«Somos, neste momento, compostos por sete entidades. Todas distintas nas patologias e nas causas que defendem, mas todas unidas num objetivo comum: a promoção dos direitos dos doentes», explica Isabel Saraiva, vice-Presidente da Respira e fundadora do MOVA. «No caso da vacinação antipneumocócica, causa que originou o nosso Movimento, todas as associações de doentes representam grupos de risco, e todas têm indicação para a fazer. É por isso, para nós, MOVA, um privilégio podermos contar com um apoio de peso como a FPAD, e sentir que podemos fazer a diferença na sensibilização para os riscos da Pneumonia e na promoção da sua prevenção, junto desta comunidade».

O controlo da Diabetes é fundamental na prevenção de complicações que advêm da doença, onde se incluem as pneumonias. Para além da vacinação antipneumocócica, a prevenção da Pneumonia na Diabetes passa, também pela cessação tabágica e pela vacinação anual contra a Gripe, gratuita para diabéticos desde a época 2017-2018.

A Diabetes diminui as defesas do hospedeiro e cria condições para a infecção por bactérias como o pneumococo. Um estudo a 4 anos (2009 a 2012)* revelou que a prevalência da Diabetes nos doentes internados com Pneumonia era, no mínimo, o dobro a duas vezes e meia, quando comparada com a população que não sofria da doença.

O mesmo estudo revelou que pequenos aumentos da incidência de Diabetes estavam associados a um aumento mais significativo da prevalência da Pneumonia na população internada, e que um doente com Pneumonia que também sofresse de Diabetes ficava, em média, mais um dia internado do que um indivíduo sem a doença.

Também a mortalidade se revelou superior nestes casos. De 13,5% registada nas pessoas sem Diabetes, passava para 15,2% nas que tinham ambas as morbilidades.

Ou seja, pessoas com Diabetes morrem mais de Pneumonia. Mesmo quando sobrevivem, ficam internadas mais tempo.

A par da Respira, da Liga Portuguesa Contra a Sida, da Associação Portuguesa de Asmáticos e da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, os membros da FPAD fazem parte dos grupos que, pelas suas co-morbilidades, correm risco acrescido de contrair doenças graves e potencialmente fatais, como a Pneumonia. Tal como quem tem Diabetes, também as pessoas que sofrem de DPOC ou de Asma e de outras doenças respiratórias crónicas, assim como as pessoas cuja Imunidade esteja comprometida, ou que tenham recebido um Transplante.

É fundamental sensibilizar as pessoas. Dotá-las de conhecimento. Sabemos que 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a Pneumonia, e que a maioria não o faz por falta de aconselhamento médico**. Isto apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP). O MOVA quer inverter esta tendência e contribuir para a melhoria da esperança e da qualidade de vida da população. Reconhece, nos seus membros, parceiros fundamentais neste movimento de cidadania nacional.

 

Fontes:

*Diabetes – Poster ERS 2015: Prevalence and impact of Diabetes mellitus (DM) among hospitalized community-acquired pneumonia (CAP) patients: Madalena Martins, PHD; Filipe Froes, MD; José M Boavida, MD; João F Raposo, PHD; Baltazar Nunes, PHD; Rogério T Ribeiro,, PHD; m Paula Macedo, PHD; Carlos Penha-Gonçalves, PHD.

**PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos. Disponível em https://www.ipsos-apeme.com.

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Pneumonia: estamos 100 vezes mais vulneráveis

janeiro 2019

O risco de contrairmos Pneumonia aumenta quase 100 vezes nesta altura. Um cenário agravado pelo pico da Gripe, por si só potenciadora da doença, e pelas próprias circunstâncias do nosso país onde, segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias,  se registam 57 óbitos por Pneumonia por cada 100.000 habitantes, o dobro da média na União […]

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O risco de contrairmos Pneumonia aumenta quase 100 vezes nesta altura. Um cenário agravado pelo pico da Gripe, por si só potenciadora da doença, e pelas próprias circunstâncias do nosso país onde, segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias,  se registam 57 óbitos por Pneumonia por cada 100.000 habitantes, o dobro da média na União Europeia. Portugal é, atualmente, o país europeu com maior taxa de mortalidade por Pneumonia, doença prevenível por vacinação. Mais do que tratar uma Pneumonia, devemos evitá-la e a vacinação antipneumocócica é forma mais eficaz de o fazermos.

Embora se registem casos de Pneumonia ao longo de todo o ano, é na época da Gripe que ocorre o maior número de episódios. A interação entre o vírus da Gripe e o pneumococo aumenta o risco de Pneumonia Pneumocócica em quase 100 vezes(1). A vacinação anti-pneumocócica é a melhor forma de prevenir a Pneumonia, doença que, de acordo com o o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, em 2015, foi responsável por 16% das mortes nos internamentos.

«Só por si, a Gripe intensifica o risco de Pneumonia.», explica José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. «A prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença».

Os sintomas da Gripe podem ser semelhantes aos da Pneumonia e a maioria da população tem dificuldade em distingui-los podendo, por isso, subvalorizar situações potencialmente graves.

 «O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos e sobretudo a sua prevenção, com a vacinação contra a gripe  e a vacinação anti-pneumocócica poderão fazer toda a diferença», continua Rui Costa, coordenador do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF.

Os quadros de Pneumonia e Gripe uma vez confundidos, podem atrasar a procura de ajuda médica. Tosse com expetoração, febre, calafrios, falta de ar, dor no peito quando se inspira fundo, vómitos, perda de apetite e dores no corpo são sintomas possíveis da Pneumonia, que podem surgir como complicação de uma Gripe. Devemos estar particularmente atentos a quadros de Gripe que não apresentem melhorias, ou que vão piorando de forma continuada.

No entanto, mais do que tratar uma Pneumonia, devemos preveni-la. Podemos fazê-lo em qualquer altura do ano e, no caso dos adultos, basta uma dose única. Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e por isso têm particular indicação para a imunização.

A Pneumonia é responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

Em Portugal, os custos em tratamentos e internamentos são uma média de 80 milhões de euros por ano, o que significa que, por dia, se gastam 218 mil euros. Custos indiretos, como o absentismo laboral, não estão contemplados nestes cálculos.*

 

(1) Shrestha S, et al. Identifying the interaction between infl uenza and pneumococcal pneumonia using incidence data. Sci Transl Med 2013. 5(191):191ra84.

 

*Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013

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A Pneumonia mata. MOVA promove rastreios e alerta para a prevenção.

Dia Mundial da Pneumonia 2018 (12 de novembro)

Transversal à sociedade, a Pneumonia pode afetar todas as faixas etárias. A pneumonia tem uma elevada prevalência com um elevado impacto social, tendo como consequência mais grave a morte. Só em Portugal mata, todos os dias, 23 pessoas. Consciente do papel fundamental da sua prevenção, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação organizou uma ação […]

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Transversal à sociedade, a Pneumonia pode afetar todas as faixas etárias. A pneumonia tem uma elevada prevalência com um elevado impacto social, tendo como consequência mais grave a morte. Só em Portugal mata, todos os dias, 23 pessoas. Consciente do papel fundamental da sua prevenção, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação organizou uma ação de sensibilização sobre a Pneumonia e os problemas com ela relacionados. Chama-se “Movimento pela Prevenção da Pneumonia” e, 12 de novembro, Dia Mundial, disponibiliza gratuitamente espirometrias, oximetrias, testes de colesterol e glicémia e testes tabágicos – todos estes testes avaliam fatores que interferem com a nossa saúde respiratória – para sensibilizar a população, os profissionais de saúde e os decisores políticos para a importância da sua prevenção.

 

12 de novembro é dia Mundial da Pneumonia e dia de lançamento da campanha “Movimento pela Prevenção da Pneumonia”. Organizada pelo MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação, a campanha vai ter lugar entre as 10.00 e as 18.00 na Praça do Oriente, em Lisboa, com o objetivo de sensibilizar a população para a Pneumonia e para os problemas com ela relacionados.

O apelo à prevenção é a grande mensagem deste Movimento, que estará na Praça do Oriente com uma Unidade de Saúde Móvel onde uma equipa de profissionais de saúde vai realizar espirometrias, oximetrias, testes de colesterol e glicémia e testes tabágicos,  transmitir informação sobre a doença, explicar as principais formas de prevenção e esclarecer eventuais dúvidas.

A campanha é gratuita e dirige-se a toda a população, sobretudo, aos adultos com mais de 18 anos que sofram de algum tipo de doença crónica e a todas as pessoas com mais de 65 anos. O seu principal objetivo é alertar a sociedade civil, a par da comunidade científica, para a importância de prevenir a pneumonia. Pretende-se abordar as pessoas na rua, dar-lhes a oportunidade de testarem a sua capacidade respiratória e de se aconselharem com profissionais de saúde qualificados.

 Na realidade, são registados casos de Pneumonia ao longo de todo o ano mas é nesta época do ano que se registam o maior número de ocorrências. A vacinação antipneumocócica é segura e a forma mais eficaz de se proteger e prevenir a Pneumonia.

 

Grupos de Risco

Apesar de ser transversal à sociedade, há quem esteja mais vulnerável à Pneumonia. É o caso das crianças ou adultos que apresentem doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, doença respiratória crónica, doença cardíaca, doença hepática crónica, portadores de VIH e doentes renais. Por fazerem parte dos grupos de risco, têm indicação da DGS para se vacinarem.

Indivíduos a partir dos 65 anos, cujo sistema imunitário começa a ficar, naturalmente, mais fragilizado e suscetível a doenças infeciosas, também têm indicação médica para o fazer.

Apesar disso, as taxas de vacinação antipneumocócica são muito baixas – 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos revelou recentemente não estar vacinado contra a Pneumonia. Isto apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica.

 

Vacinação trava internamentos

A efetividade da vacinação contra a Pneumonia bacteriana pelo pneumococo ficou provada num estudo recente onde se registou uma redução de 73% dos internamentos de adultos com mais de 65 anos, imunizados com a vacina antipneumocócica.

“A vacinação deve ser uma preocupação ao longo da vida, em particular depois dos 65 anos, e em casos de maior fragilidade, como acontece com os doentes crónicos. Estudos como este reforçam o nosso apelo” explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação. “A redução das taxas de internamento diminuirá, naturalmente, o número de mortes associadas à Pneumonia”, acrescenta.

Também os custos ligados ao internamento – cerca de 218 mil euros diários – tenderão a diminuir significativamente.

 

Sobre o MOVA

Lançado em abril de 2017, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação foi fundado pela Associação Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Família, com o propósito de divulgar recomendações, estatutos e direitos, e sensibilizar a população, profissionais de saúde e governantes para a importância da vacinação antipneumocócica.

Um ano depois da sua fundação, o MOVA desafiou outras associações a juntarem-se a este Movimento, como a Liga Portuguesa Contra a Sida,  Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais.

Juntos, têm como missão ultrapassarr as barreiras e dificuldades que existem à vacinação na idade adulta, divulgarem a informação disponível e contribuírem para uma prevenção consciente da população sobre uma doença grave é potencialmente mortal. Consideram a vacinação antipneumocócica um direito fundamental e lamentam que por falta de informação, ainda estejam tantos portugueses por vacinar.

 

FONTES:

Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013

 

McLaughlin J, et al. Effectiveness of 13-Valent Pneumococcal Conjugate Vaccine Against Hospitalization for Community-Acquired Pneumonia in Older US Adults:  A Test-Negative Design. Clin Infect Dis 2018 doi: 10.1093/cid/ciy312.

 

PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos. Disponível em https://www.ipsos-apeme.com.

 

Shrestha S, et al. Identifying the interaction between infl uenza and pneumococcal pneumonia using incidence data. Sci Transl Med 2013. 5(191):191ra84.

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Risco de Pneumonia aumenta exponencialmente nesta altura

outubro 2018

Começa esta semana o período em que há mais propensão para a Gripe e, com ele, o risco de Pneumonia aumenta quase 100 vezes. Mais do que tratar uma Pneumonia, devemos evitá-la. A vacinação antipneumocócica é a melhor forma de o fazermos. Embora se registem casos de Pneumonia ao longo de todo o ano, é […]

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Começa esta semana o período em que há mais propensão para a Gripe e, com ele, o risco de Pneumonia aumenta quase 100 vezes. Mais do que tratar uma Pneumonia, devemos evitá-la. A vacinação antipneumocócica é a melhor forma de o fazermos.

Embora se registem casos de Pneumonia ao longo de todo o ano, é na época da Gripe que ocorre o maior número de episódios. A interação entre o vírus da Gripe e o pneumococo aumenta o risco de Pneumonia Pneumocócica em quase 100 vezes(1). A vacinação anti-pneumocócica é a melhor forma de prevenir a Pneumonia, doença que, todos os dias, mata 23 pessoas no nosso País.

«Só por si, a Gripe intensifica o risco de Pneumonia.», explica José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão. «A prevenção continua a ser a melhor solução para travar esta doença».

Os sintomas da Gripe podem ser semelhantes aos da Pneumonia e a maioria da população tem dificuldade em distingui-los podendo, por isso, subvalorizar situações potencialmente graves.

 «O conhecimento dos sintomas, o recurso atempado aos cuidados médicos e sobretudo a sua prevenção, com a vacinação contra a gripe  e a vacinação anti-pneumocócica poderão fazer toda a diferença», continua Rui Costa, coordenador do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF.

Os quadros de Pneumonia e Gripe uma vez confundidos, podem atrasar a procura de ajuda médica. Tosse com expetoração, febre, calafrios, falta de ar, dor no peito quando se inspira fundo, vómitos, perda de apetite e dores no corpo são sintomas possíveis da Pneumonia, que podem surgir como complicação de uma Gripe. Devemos estar particularmente atentos a quadros de Gripe que não apresentem melhorias, ou que vão piorando de forma continuada.

No entanto, mais do que tratar uma Pneumonia, devemos preveni-la. Podemos fazê-lo em qualquer altura do ano e, no caso dos adultos, basta uma dose única. Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e por isso têm particular indicação para a imunização.

A Pneumonia é responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação.

Em Portugal, os custos em tratamentos e internamentos são uma média de 80 milhões de euros por ano, o que significa que, por dia, se gastam 218 mil euros. Custos indiretos, como o absentismo laboral, não estão contemplados nestes cálculos.*

 

(1) Shrestha S, et al. Identifying the interaction between infl uenza and pneumococcal pneumonia using incidence data. Sci Transl Med 2013. 5(191):191ra84.

 

*Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013

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Juntos contra a Pneumonia

Liga Portuguesa Contra a Sida, Associação Portuguesa de Asmáticos e Associação Portuguesa de Insuficientes Renais juntam-se ao MOVA

Liga Portuguesa Contra a Sida, Associação Portuguesa de Asmáticos e Associação Portuguesa de Insuficientes Renais são, a partir de agora, membros do MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação. Fundado pela Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, em abril do ano passado,  este movimento de cidadania tem como principal objetivo […]

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Liga Portuguesa Contra a Sida, Associação Portuguesa de Asmáticos e Associação Portuguesa de Insuficientes Renais são, a partir de agora, membros do MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação. Fundado pela Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, em abril do ano passado,  este movimento de cidadania tem como principal objetivo a sensibilização da população, dos profissionais de Saúde e dos decisores políticos  para a importância da vacinação na idade adulta. Distintas nas patologias e nas causas que defendem, estas 6 entidades unem-se na promoção dos direitos dos (seus) doentes. No caso da vacinação antipneumocócia, causa que originou o MOVA, todas as associações de doentes representam grupos de risco, e todas têm indicação para a fazer.

Um ano passado sobre a sua fundação, o MOVA acaba de se estender a outras entidades. Liga Portuguesa Contra a Sida, Associação Portuguesa de Asmáticos e Associação Portuguesa de Insuficientes Renais são, a partir de agora, membros do MOVA, juntando-se à Respira, à Fundação Portuguesa do Pulmão e ao GRESP.

A vacinação antipneumocócica esteve na base do lançamento do MOVA, movimento de cidadania que defende o acesso à informação e a vacinação como bases de uma boa prevenção. A par da Respira, a Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, fazem parte dos grupos que, pelas suas co-morbilidades, correm risco acrescido de contrair doenças graves e potencialmente fatais, como a Pneumonia, uma das principais causas de morte em Portugal. É o caso de pessoas que sofrem de DPOC e de outras doenças respiratórias crónicas, pessoas cuja Imunidade esteja comprometida, pessoas que sofram de Asma ou que tenham recebido um Transplante, representadas, no MOVA por estas associações.

Sabemos que 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a Pneumonia, e que a maioria não o faz por falta de aconselhamento médico[1]. Isto apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP). O MOVA quer inverter esta tendência, sensibilizar população, profissionais de Saúde e decisores políticos para a importância da prevenção. Reconhece nas associações recém-chegadas parceiros fundamentais.

[1] PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos. Disponível em https://www.ipsos-apeme.com. (data?)

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«A partir dos 65 anos, todos nos devíamos vacinar»

Segundo um estudo recente, o simples ato de vacinação pode reduzir o risco de hospitalização por Pneumonia em 73%.

A Pneumonia não é sazonal. Tal como surge, independentemente do mês em que estamos, pode ser prevenida em qualquer altura do ano. Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e por […]

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A Pneumonia não é sazonal. Tal como surge, independentemente do mês em que estamos, pode ser prevenida em qualquer altura do ano. Pessoas com mais de 65 anos, ou todos os adultos que apresentem co-morbilidades crónicas como diabetes, asma, doença respiratória crónica, doença cardíaca, portadores de VIH e doentes renais, estão mais vulneráveis, e por isso têm indicação para a imunização. Segundo um estudo recente, o simples ato de vacinação pode reduzir o risco de hospitalização por Pneumonia em 73%[i]. Sem dúvida, excelentes notícias num País onde em média, por semana, morrem 161 pessoas, vítimas da doença, e se gastam mais de 1.5 milhões de euros, só em tratamentos e internamentos.* 

A Pneumonia mata, também no verão, e pode reduzir drasticamente a qualidade de vida de quem a contrai. Pessoas com mais de 65 anos ou, de alguma forma, debilitadas, estão mais fragilizadas e por isso devem preveni-la ao longo de todo o ano.

Mas nem tudo são más notícias. Um estudo recente demonstrou a eficácia da vacinação antipneumocócica na redução dos internamentos de adultos a partir dos 65 anos.1 Dados particularmente felizes para Portugal onde a Pneumonia mata, em média, 23 pessoas por dia.

“A partir dos 65 anos, todos nos devíamos vacinar. A vacinação deve ser uma preocupação ao longo da vida, em particular depois dos 65 anos, e em casos de maior fragilidade, como acontece com os doentes cronicos. Estudos como este só vêm dar força aos nossos apelos” começa Isabel Saraiva, fundadora do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação. “Com a diminuição das taxas de internamento diminui, também, o número de mortes associadas à Pneumonia. Estes 73% de redução nos internamentos levam-nos a crer que a imunização destas faixas etárias pode prevenir milhares de hospitalizações. Custos que podem ser evitados, já para não falar nas devastadoras mortes e no absentismo”, acrescenta.

Na União Europeia, a vacinação antipneumocócica está indicada, na população adulta, para a prevenção de doença invasiva e pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae. Nos adultos com idade igual ou superior a 18 anos e idosos, basta uma dose. Pela sua importância na proteção da população, faz parte, desde julho de 2015, do Programa Nacional de Vacinação (PNV) e está recomendado e é gratuito para todas as crianças e jovens com risco acrescido para doença invasiva pneumocócica.[ii]

Em junho de 2015, a Direção-Geral da Saúde (DGS), emitiu uma norma que recomenda a vacinação de todos os adultos pertencentes a grupos de risco acrescido para doença invasiva pneumocócica, nomeadamente pessoas com Diabetes mellitus, Asma, DPOC, Doença Cardíaca Crónica e doentes imunocomprometidos. É recomendada e gratuita para algumas populações de doentes com alto risco de Doença Invasiva Pneumocócica.[iii]

*Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013

[i] McLaughlin J, et al. Effectiveness of 13-Valent Pneumococcal Conjugate Vaccine Against Hospitalization for Community-Acquired Pneumonia in Older US Adults:  A Test-Negative Design. Clin Infect Dis 2018 doi: 10.1093/cid/ciy312.

[ii] Direção-Geral da Saúde. Norma 012/2015 de 23 de junho de 2015, atualizada a 6 de novembro de 2015. Disponível em https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0122015-de-23062015-pdf.aspx. Acedido a 30 de maio de 2018.

[iii] Direção-Geral da Saúde. Norma 011/2015 de 23 de junho de 2015, atualizada a 6 de novembro de 2015. Disponível em https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0112015-de-23062015-pdf.aspx. Acedido a 30 de maio de 2018.

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«Mais do que um direito individual, a vacinação deve ser uma responsabilidade partilhada»

Semana Europeia da Vacinação 2018

Com a chegada da Semana Europeia da Vacinação, que este ano tem como mote “a vacinação como um direito individual e uma responsabilidade partilhada”, o Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) reforça a importância da informação e da responsabilização como bases de uma boa prevenção. A comemorar o primeiro ano de existência, o MOVA fortalece a […]

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Com a chegada da Semana Europeia da Vacinação, que este ano tem como mote “a vacinação como um direito individual e uma responsabilidade partilhada”, o Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) reforça a importância da informação e da responsabilização como bases de uma boa prevenção. A comemorar o primeiro ano de existência, o MOVA fortalece a sua presença junto da população através da extensão do movimento a outras entidades, do lançamento do portal www.mova.pt e da organização de sessões de esclarecimento.

No contexto atual, mais do que nunca, é fundamental zelar não só pela nossa saúde, como pela dos que nos rodeiam, que nos informemos e que procuremos em conjunto com os profissionais de saúde as formas de prevenção mais adequadas.

As celebrações da Semana Europeia da Vacinação (23 a 29 de abril), sob o tema “a vacinação como um direito individual e uma responsabilidade partilhada”, servem, mais uma vez de mote para que o MOVA se dirija à população, aos profissionais de saúde e aos governantes, para os sensibilizar sobre a importância da vacinação.

«Estamos totalmente sintonizados com as mensagens da Organização Mundial de Saúde. Mais do que um direito individual, a vacinação deve ser uma responsabilidade partilhada .E nunca, como no contexto em que vivemos, estas palavras fizeram tanto sentido», explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, vice-presidente da Respira e presidente da Fundação Europeia do Pulmão.

Na semana em que comemora um ano de existência, o MOVA continua a lutar contra as barreiras que existem à vacinação, em particular na idade adulta. Considera a vacinação um direito fundamental e lamenta que ainda estejam tantos por vacinar por falta de informação.

Lançado durante a Semana Europeia da Vacinação de 2017, das entidades fundadoras do MOVA fazem parte a Associação Respira, a Fundação Portuguesa do Pulmão e o GRESP.

A vacinação antipneumocócica foi a base do lançamento do MOVA – segundo um estudo recente, 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia[1]. De acordo com o mesmo estudo, a falta de indicação médica é a principal razão para que estes adultos ainda não estejam imunizados. Isso apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).

Um ano passado sobre este lançamento, é tempo de alargar o MOVA a outras entidades, todos representantes de grupos de risco com indicação para a vacinação.

Para se aproximar da população e facilitar o seu acesso à informação, das comemorações do primeiro ano do MOVA fazem parte a organização de sessões de aconselhamento, com estreia marcada para maio, e o lançamento de um site próprio, www.mova.pt uma plataforma onde os interessados poderão encontrar toda a informação-base sobre vacinação, normas, diretrizes e conselhos de entidades oficiais, bem como os direitos dos doentes.

[1] PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos. Disponível em https://www.ipsos-apeme.com. (data?)

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Comparticipação de Vacina Pneumocócica Conjugada sobre para os 37%

“Alargamento da comparticipação da vacina significa, também, o alargamento da população beneficiada”

Para o Movimento Doentes pela Vacinação, o aumento da comparticipação da Vacina Pneumocócica Conjugada dos 15 para os 37% significa, também, o alargamento do número de adultos com acesso à mais eficaz forma de prevenção da doença pneumocócica. Um importante contributo para a melhoria da Saúde Pública no nosso País onde a pneumonia mata, diariamente, uma média de 23 pessoas.

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«Foi com enorme satisfação que recebemos a notícia do alargamento da comparticipação dos 15 para os 37%. Para além dos benefícios práticos – melhoria do acesso – o aumento da comparticipação da vacina reconhece o seu valor e reforça o seu papel fundamental na promoção da Saúde Pública», afirma Isabel Saraiva, fundadora do Movimento Doentes pela Vacinação. «Fazemos da sensibilização da população, das autoridades e dos profissionais de saúde a nossa bandeira. Com o alargamento da comparticipação, aumenta, também, o número de pessoas que poderão beneficiar desta vacina. E quem mais vai beneficiar serão, sem dúvida, os grupos de risco, para quem já está indicada pela DGS», acrescenta.

A infeção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma causa comum de morbilidade e mortalidade, sendo responsável por, aproximadamente, 1.6 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Potencialmente fatal, a pneumonia é uma doença com consequências graves para o doente e uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. A doença é mais prevalente nas crianças e nos adultos com mais de 65 anos mas, de acordo com a Direção Geral da Saúde, a vacinação antipneumocócica está altamente recomendada a todos os adultos que tenham algum tipo de doença crónica, nomeadamente Diabetes, Doença Cardíaca Crónica, Asma ou DPOC. Entre os mais suscetíveis encontram-se, também, pessoas com doença hepática crónica ou sistema imunológico frágil, que sofram de outras doenças pulmonares, que tenham dificuldade em tossir e deglutir, que usam ou usaram sedativos e pessoas acamadas, ou com mobilidade limitada.

A vacinação é uma das maiores realizações em matéria de Saúde Pública. Milhões de vida têm sido salvas (e continuarão a ser), através dos programas de vacinação, que correspondem, em média, a apenas 0,5% dos orçamentos da Saúde. «Para os doentes com DPOC e outras doenças respiratórias crónicas, a vacinação contra a pneumonia é mandatória. Existem outros grupos, como os diabéticos ou os doentes cardíacos crónicos que também devem beneficiar da vacina antipneumocócica», continua Isabel Saraiva. «A evidência demonstra a sua eficácia, nomeadamente na redução das exacerbações que são eventos graves com consequências imprevisíveis. Com o alargamento da comparticipação, alargar-se-á, também, o número daqueles que terão a oportunidade de se vacinar. Sem dúvida, um grande avanço e uma vitória para quem, como nós, tem no acesso à vacinação a sua grande batalha».

A Vacina Pneumocócica Conjugada está indicada para todas as faixas etárias e, para além da pneumonia (forma mais comum na idade adulta), previne doenças graves como a meningite ou a septicemia.

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12 de novembro é Dia Mundial da Pneumonia

Principais grupos de risco ainda não estão vacinados

Embora algumas formas de Pneumonia sejam potencialmente preveníveis através de vacinação, o estudo “PneuVUE® – 65 years and over” revela que, dentro deste grupo de risco, apenas 20 a 30% dos indivíduos estão vacinados. A Pneumonia Adquirida na Comunidade é uma das principais causas de morte por infeção na Europa, onde se estima que, todos os anos, ocorram cerca de 3 milhões de episódios. Um terço desses casos requer hospitalização. A informação é a base de uma boa prevenção. No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação anuncia a criação de uma plataforma online, que será acompanhada de presença no Facebook, ferramentas virtuais e interativas a que todos os interessados poderão recorrer, a partir de agora, para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações.

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«É necessário dotar a população e os profissionais de saúde de consciência e o acesso à informação é a base da prevenção. Embora seja recomendada pela DGS aos grupos de adultos de risco, ainda são poucos os que já tomaram a vacina antipneumocócica. Mais do que uma questão de acesso, as baixas taxas de imunização na idade adulta prendem-se, sobretudo, com a falta de informação ou de prescrição. Prestes a celebrar o Dia Mundial da Pneumonia, o Movimento Doentes pela Vacinação quer mudar este cenário», explica Isabel Saraiva, vice-Presidente da Respira e fundadora do Movimento Doentes pela Vacinação.

Os resultados do PneuVUE®+65 são claros, no que toca à falta de consciência dos europeus. Embora 85% dos inquiridos tenha afirmado saber o que é a Pneumonia, apenas um terço (35%) sabia da existência de vacina contra esta doença. Isto apesar de se encontrarem na faixa etária com maior risco de contrair Pneumonia.
Através deste estudo conclui-se que, embora a perceção da existência da Pneumonia seja alta, a consciência da importância da vacinação é baixa, o que leva a uma fraca concretização desta forma de prevenção.

Neste mesmo grupo, apenas 18% afirmou estar vacinado contra a Pneumonia. Uma percentagem bastante inferior à que referiu tomar anualmente a vacina contra a Gripe.
Potencialmente fatal, a Pneumonia traz consequências (muito) graves para o doente. Em Portugal, mata um adulto a cada 90 minutos. Só em tratamentos e internamentos, custa ao Estado uma média de 80 milhões de euros anuais, o equivalente a 218 mil euros por dia.

«As Doenças Respiratórias são um dos maiores desafios do século XXI mas o seu impacto em termos de saúde e socioeconómicos está subavaliado. Estima-se que em 2050, 1/10 da população europeia terá mais de 65 anos, o que significa, entre outros aspectos, que o peso da Pneumonia se fará sentir cada vez mais», continua Isabel Saraiva. «À medida que a população mundial envelhece, o conceito de envelhecimento saudável torna-se mais relevante. As estratégias na área da Saúde estão cada vez mais viradas para a prevenção, e não para o tratamento», acrescenta.

Com o passar dos anos, nosso sistema imunológico fica mais frágil e menos eficiente, o que resulta no aumento da nossa suscetibilidade a doenças infecciosas. Como tal, a faixa etária a partir dos 65 anos está em maior risco de contrair doença pneumocócica. Paralelamente é, também, mais provável que este grupo, quando comparado com grupos etários mais jovens, sofra de uma ou mais doenças crónicas, condições que aumentam exponencialmenteo risco de doença pneumocócica.

O que nos leva à prevenção?
O aconselhamento de um profissional de saúde continua a ser a forma mais eficaz de levar alguém a vacinar-se.
Entre os inquiridos que mostraram ter consciência do que é a Pneumonia, 54% referiu a falta de aconselhamento médico como a principal razão para não se vacinar.
Reforça-se, assim, a importância dos profissionais de saúde e o papel fundamental que têm nos planos de saúde dos seus pacientes.
Já entre os inquiridos vacinados contra a Pneumonia, 90% apontou a proteção da Sociedade, da Família e dos Amigos como principal razão para o fazer.

Como prevenir a Pneumonia?
A vacinação antipneumocócica é a forma mais eficaz de prevenir a Pneumonia. Pode ser feita em qualquer altura do ano e a sua prevenção pode significar a diferença entre a vida e a morte. Está indicada, na União Europeia, para todas as pessoas a partir das seis semanas de vida. Previne, para além da Pneumonia, formas graves da infecção por pneumococos, como a Meningite e a Septicémia, e outras menos graves como a Otite Média Aguda e a Sinusite.
Da prevenção da Pneumonia fazem também parte a vacinação antigripal e a intervenção nos comportamentos de risco, como a cessação tabágica, o consumo moderado de bebidas alcoólicas, a higiene oral, a manutenção de um estado nutricional adequado e o controlo das doenças associadas.

MOVA aposta nas redes sociais
Porque a informação é fundamental para uma boa prevenção, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, o Movimento Doentes pela Vacinação anuncia a criação de uma plataforma online, espaço informativo e interativo a que todos os interessados poderão recorrer para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações.
O lançamento desta plataforma será acompanhado de presença no Facebook. Todos estão convidados a acompanhar e participar no debate.

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Movimento Doentes pela Vacinação estreia-se com apelo à população, aos profissionais de saúde e aos governantes

Semana Europeia da Vacinação

A Pneumonia mata. Embora seja recomendada pela DGS a grupos de adultos com risco acrescido de a contrair, ainda são poucos os que estão imunizados com a vacina antipneumocócica. Mais do que uma questão de acesso, as baixas taxas de imunização na idade adulta prendem-se, sobretudo, com a falta informação ou de prescrição. Para divulgar recomendações, estatutos e direitos, e sensibilizar a população, profissionais de saúde e governantes para este problema, a Associação Respira juntou-se à Fundação Portuguesa do Pulmão e ao GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar para lançar o Movimento Doentes pela Vacinação. Um Movimento que esperam vir a agregar outras associações, sociedades científicas e população em geral, com o objetivo comum de “alertar, informar e orientar todos os interessados sobre o tema”.

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Segundo um estudo recente, 9 em cada 10 adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia[1]. De acordo com o mesmo estudo, a falta de indicação médica é a principal razão para que estes adultos ainda não estejam imunizados. Isso apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção Geral da Saúde (011/2015) que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP). A prevenção contra a Pneumonia, a forma mais comum da DIP nesta faixa etária, é, assim, recomendada, a quem está mais fragilizado, como é o caso dos membros de uma das entidades fundadoras, a Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas.

Conscientes de que o acesso à informação é a base de uma boa prevenção, e de que, por falta de informação, ou de prescrição, ainda são poucos os adultos vacinados, a Respira, a Fundação Portuguesa do Pulmão e o GRESP juntaram-se no Movimento Doentes pela Vacinação. Lançada no dia 26 de abril, no âmbito da Semana Europeia da Vacinação, a iniciativa tem como principal objetivo sensibilizar doentes, profissionais de saúde, governantes e a população em geral, para a importância da vacinação antipneumocócica na idade adulta.

O Movimento Doentes pela Vacinação pretende derrubar as barreiras que existem à vacinação na idade adulta, transformando a informação disponível em consciência. Considera a vacinação antipneumocócica um direito fundamental e lamenta que ainda estejam tantos por vacinar por falta de informação: mais que o acesso económico, o principal entrave à vacinação antipneumocócica é a falta de conhecimento.

As celebrações da Semana Europeia da Vacinação (24 a 26 de abril), sob o tema “Vaccineswork”/”As vacinas funcionam”, servem de mote para o arranque deste Movimento que começará com a Respira, a FPP e o GRESP, mas que em breve se estenderá a outras entidades e associações de doentes. Será essa uma das missões para as próximas semanas, a par de uma campanha de sensibilização a implementar junto de Juntas de Freguesia, Centros de Dia, Lares e outros locais frequentados por doentes de risco.

“É necessário dotar a população e os profissionais de saúde de consciência sobre o problema, e para isso, nada como ir ao seu encontro. Começaremos pelas Juntas de Freguesia, pelos Centros de Dia, pelos Lares e outros locais que frequentam”, explica Isabel Saraiva, vice-Presidente da Respira, e fundadora do Movimento Doentes pela Vacinação. “Queremos consciencializar estas pessoas dos riscos que correm. Risco desnecessários porque, felizmente, há prevenção. No fundo, queremos que ponham a vacinação na equação, explicar que a Vacinação é um Direito e que a partilha de Informação sobre recomendações, aconselhamento e direitos, é uma obrigação dos Profissionais de Saúde. Será missão deste Movimento contribuir para o esclarecimento e para divulgação desta temática, para que doentes, profissionais de saúde e até governantes façam as suas escolhas em plena consciência”, acrescenta.

[1]PneuVUE®: Uma Nova Visão em relação à Pneumonia Entre Adultos Mais Velhos. Disponível em https://www.ipsos-apeme.com.

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